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Justiça mantém presos engenheiros que atestaram segurança de Brumadinho

Pedido de habeas corpus feito pelas defesas dos dois engenheiros da certificadora TÜV SÜD e de três funcionários da Vale foram negados Tribunal de Justiça de Minas Gerais

Daniele Bragança ·
3 de fevereiro de 2019 · 5 anos atrás
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Foto: Isac Nóbrega/PR.

Os dois engenheiros que atestaram a segurança da barragem de Brumadinho tiveram seu pedido de habeas corpus negados pelo desembargador Pedro Vergara, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), no último sábado (02). Makoto Namba e André Jum Yassuda são funcionários da empresa alemã  TÜV SUD, contratada pela Vale para auditar e atestar a segurança da barragem de Brumadinho. O Ministério Pública investiga se houve fraudes ou ingerência no laudo emitido pela empresa.

Os engenheiros foram presos na terça-feira (29), por ordem da juíza Perla Saliba Brito, da comarca de Brumadinho. Na ocasião, também foram detidos três funcionários da Vale. César Augusto Paulino Grandchamp, Ricardo de Oliveira e Rodrigo Arthur Gomes de Melo, todos diretamente ligados a administração da barragem, também tiveram o pedido de habeas corpus negados e permanecerão presos por 30 dias.

As cinco pessoas são investigadas por crime ambiental, falsidade ideológica e homicídio qualificado. A barragem se rompeu há 9 dias (25/01), causando até o momento a morte de 121 pessoas. De acordo com o último boletim do Corpo de Bombeiros, 205 pessoas continuam desaparecidas.

 

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  • Daniele Bragança

    Repórter e editora do site ((o))eco, especializada na cobertura de legislação e política ambiental.

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