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Os incêndios florestais vistos do espaço

O ano de 2012 vem sendo marcado por altas temperaturas e falta de chuvas, o que aumenta muito os riscos de incêndios florestais.

Paulo André Vieira ·
9 de setembro de 2012 · 12 anos atrás

O ano de 2012 vem sendo marcado por altas temperaturas e falta de chuvas. A Espanha vive a pior seca dos últimos 70 anos, e nos EUA julho foi o mês mais quente no país desde que os registros começaram a ser feitos em 1895. O calor e a falta de chuvas aumentam em muito os riscos de incêndios florestais, e vários vem sendo registrados ao redor do mundo, representando não apenas uma ameaça para quem estiver no caminho do fogo, mas também prejuízos econômicos e ambientais.

Nas fotos a seguir, divulgadas pelo Observatório da Terra da NASA, podemos ver fotos de alguns desses incêndios florestais ao redor do planeta.


No mês de agosto de 2012 uma intensa onda de calor ajudou a propagar incêndios na região do Mar Mediterrâneo. Esta foto do dia 25 de agosto mostra vários incêndios no norte da Argélia, destruindo mais de 680 km2 de pomares e plantações de cereais.


Normalmente chove pouco na Grécia entre abril e setembro, e as temperaturas mais altas do ano costumam ser registradas no final de julho e início de agosto. Em meados de agosto um grande incêndio florestal queimou metade da ilha de Chios, um total de 127 km2. A produção de Mástique, uma resina aromática obtida de uma Aroeira nativa da ilha, deve ser severamente afetada, já que mais da metade destas árvores da ilha foram consumidas no incêndio.


 Dois incêndios florestais queimaram mais de 250 km2 no norte da Califórnia. Esta foto, de 19 de agosto de 2012, mostra os dois maiores focos. Partes das cidades de Manton, Shingletown e Viola precisaram ser evacuadas.


Os arredores de Valência, no leste da Espanha, queimavam no dia 30 de junho de 2012. Mais de 3.000 moradores foram obrigados a deixar suas casas devido ao fogo causado por um dos invernos mais secos das últimas décadas, seguido de um verão com temperaturas na casa dos 40 graus, baixa umidade e fortes ventos.


Nesta imagem de 13 de junho de 2012 é possível ver inúmeros focos de incêndio nas planícies do norte da China, uma região fértil e densamente populada, responsável por 35% de toda a produção agrícola do país. Os agricultores alternam entre milho e trigo, e no final do verão queimam o que restou da plantação de milho após a colheita, preparando a terra para o plantio do trigo. Desde os anos 90 o número de queimadas na China  vem diminuindo, graças a um esforço do governo de coibir esta prática, que mesmo assim ainda se mostra bastante comum.


Incêndios florestais no sul da Austrália, perto de Windy Harbour, levantaram grandes núvens de fumaça no dia 13 de fevereiro de 2012. Os pontos vermelhos marcam os lugares onde o satélite detectou altas temperaturas associadas a fogo ainda descontrolado. No dia seguinte as autoridades australianas já haviam controlado os focos de incêndio.


O satélite Suomi NPP, lançado em outubro de 2011, carrega instrumentos tão sensíveis à luz que é capaz de detectar incêndios florestais até mesmo durante a noite, como esses grandes focos de chamas no leste da Sibéria. Os pontos brancos brilhantes são o fogo, enquanto as núvens de fumaça são registradas em um tom claro de cinza. A imagem é do dia 03 de agosto de 2012.


Um outro satélite, o Aqua, fotografou a mesma área durante o dia. Grande parte dos incêndios florestais na Rússia acontecem na Sibéria, mas em 2010 um período grande se seca e altas temperaturas provocaram incêndios nas montanhas Urais próximo à capital, Moscou.

 


  • Paulo André Vieira

    Produtor Editorial formado pela UFRJ, atua em ((o))eco desde 2007 escrevendo sobre geojornalismo e cuidando da edição e gestão do site.

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