A maior parte dos municípios situados na Amazônia Legal brasileira tem Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) considerado baixo ou médio. É o que indica o Atlas de Desenvolvimento Humano, levantamento apresentado nesta semana baseado em dados de 2010. Dos 772 municípios amazônicos, 671 estão nesta faixa, sendo 305 baixo e 366 médio, e apenas 78 têm IDHM considerado alto. Em nenhum, o índice foi considerado muito alto. A discrepância em relação a outras regiões do país é grande e indica a necessidade de políticas sociais e econômicas para promover o desenvolvimento humano da região. Conciliar o avanço com a preservação da floresta é um dos principais desafios para os gestores públicos.
Apesar da região estar ainda bastante atrás do restante do Brasil no quesito, é possível perceber, com base nas informações divulgadas, o crescimento do IDHM na região nas últimas décadas. Em vermelho, nos mapas abaixo, estão os municípios com o índice considerado muito baixo, que eram maioria em 1991 e 2000.
Hoje, os municípios com pior IDHM da região estão entre os piores do país. É o caso de Melgaço, no Pará, que ficou na última posição no ranking nacional. Na tabelo abaixo, é possível visualizar os dez municípios com pior IDHM da Amazônia Legal e os dez mais bem posicionados.
Baixe as informações que embasaram esta datareportagem. Clique aqui para obter uma tabela em excel ou em arquivo tipo .csv, com a relação de IDHM de todos os munípios da Amazônia Legal.
Leia também
Só a restauração ecológica será o suficiente para a persistência dos ecossistemas?
Não, visto que lidamos com inventários limitados das espécies. Uma solução viável seria a realização de inventários e monitoramento da fauna e flora antes, ou de concomitante com a execução de projetos de restauração →
Ministério Público de MT vai tentar reverter extinção do Parque Cristalino II
Sociedade Civil se une contra recente decisão da justiça matogrossense. Governador do Estado já declarou que não tem interesse em recorrer →
Manguezais restaurados em Santa Catarina atenuam fenômenos climáticos extremos
Há 12 meses, mutirões comunitários do Projeto Raízes da Cooperação retiram espécies invasoras, replantam mangue nativo e mobilizam a sociedade na região metropolitana de Florianópolis →