Notícias

Tiriba-de-orelha-branca, o verdinho ligadão no seu lar

Ligado à Mata Atlântica, seu habitat principal, esse periquito de cauda fina vê seus números declinarem com a redução deste bioma.

Redação ((o))eco ·
26 de dezembro de 2013 · 10 anos atrás

um grupo de [i]Pyrrhura leucotis[/i] fotografado no Palmitos Park, na ilha de Gran Canaria, Espanha. Foto: Bjoertvedt
um grupo de [i]Pyrrhura leucotis[/i] fotografado no Palmitos Park, na ilha de Gran Canaria, Espanha. Foto: Bjoertvedt

O tiriba-de-orelha-branca (Pyrrhura leucotis) é uma ave exclusiva das zonas florestais da América do Sul. Também conhecido pelos nomes de fura-mato-pequeno, querequetê e tiriba-pequeno, a Pyrrhura leucotis é uma espécie pequena, um dos menores periquitos de cauda longa: chega a medir, incluindo a cauda, até 21 cm de comprimento — pouquíssimo mais do que uma régua escolar.

A espécie ocorre na Mata Atlântica, entre o sul da Bahia e o Rio de Janeiro, passando pelo leste de Minas Gerais, e também em área ao norte da Venezuela. Habita a copa das fragmentadas florestas úmidas das baixadas litorâneas e matas de tabuleiro.

Possuem asas pontiagudas e cauda longa e fina. A plumagem do corpo do tiriba-de-orelha-branca é predominantemente verde. O bico varia de cinza escuro a preto. O peito tem um aspecto escamado, dado pelas penas com cores contrastantes: é branco ficando acinzentado, até encontrar com uma grande mancha marrom na barriga e traseiro. O rosto e pescoço também são marrons escuros, a nuca é azulada e com uma faixa branca na área da orelha. A cauda longa tem a parte de baixo avermelhada.

São aves muito sociáveis, que vivem em bandos ruidosos com 15 ou 20 indivíduos que se movem em voo ondulado e muito rápido por entre as árvores. Embora barulhentas durante o voo, são silenciosas quando pousam, o que dificulta localizá-las enquanto estão na copa das árvores.

A dieta do tiriba-de-orelha-branca é composta principalmente de variados frutos, sementes e grãos.Vivem em ninhos construídos em ocos de árvores, onde a fêmea põe de cinco a oito ovos, chocados apenas por ela durante 27 dias. O macho participa, porém, na alimentação dos filhotes, que levam 5 semanas para abandonar ninho.

As principais ameaças sobre a espécie são a destruição da Mata Atlântica, seu principal habitat, e a captura para comércio ilegal. Por ser uma espécie dependente do seu bioma, sensível até às menores alterações, suas populações declinaram acentuadamente junto com a redução da Mata Atlântica. Segundo a IUCN, a espécie está Quase Ameaçada. Para o ICMBio, o Pyrrhura leucotis é uma espécie Vulnerável à extinção.

 

 

Leia também
Tatu-Peba: gosta de salada, mas tem fama macabra
O Mico-de-cheiro
Teiú: um nome curto para um lagarto grande

 

 

 

Leia também

Salada Verde
17 de maio de 2024

Avistar celebra os 50 anos da observação de aves no Brasil

17º Encontro Brasileiro de Observação de aves acontece este final de semana na capital paulista com rica programação para todos os públicos

Reportagens
17 de maio de 2024

Tragédia sulista é também ecológica

A enxurrada tragou imóveis, equipamentos e estradas em áreas protegidas e ampliou risco de animais e plantas serem extintos

Notícias
17 de maio de 2024

Bugios seguem morrendo devido à falta de medidas de proteção da CEEE Equatorial

Local onde animais vivem sofre com as enchentes, mas isso não afeta os primatas, que vivem nos topos das árvores. Alagamento adiará implementação de medidas

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.