Análises
14 de fevereiro de 2005

Itaipu

De Glenn SwitkesInternational Rivers Network - São PauloAo editor,Achei super-interessante o artigo sobre Itaipu. Faltou lembrar que Itaipu não é uma usina brasileira - tanto no lado brasileiro, tanto no lado paraguaio (durante a ditadura Stroessner) houve impactos sérios. Relatórios entregues a Comissão Mundial de Barragens mostram que milhares de indígenas do lado paraguaio foram sumariamente despejadas sem indenização, relocação às reservas - ou seja foram expulsos sem processo nenhum. Muitas dessas populações hoje moram na periferia da Cidade del Este. Onde está a compensação ambiental para essas populações?

Por Redação ((o))eco
14 de fevereiro de 2005
Fotografia
11 de fevereiro de 2005

O Jacaré do papo amarelo

O filhote de jacaré do papo amarelo (Caiman latirostris) estava na margem do rio Iguaçu, do lado argentino, no território do Parque Nacional de...

11 de fevereiro de 2005
Notícias
3 de fevereiro de 2005

Pontos quentes

A ONG Conservation International divulgou a atualização do estudo publicado há cinco anos que aponta os pontos do planeta que precisam ser preservados. São os chamados hotspots. Essas áreas constituem apenas 2,3% da superfície terrestre mas abrigam 75% dos animais ameaçados de extinção, além de 50% de todas as espécies de plantas. Muitas dessas espécies são endêmicas, ou seja, só existem nas regiões estudadas. Para ser considerado um hotspot, o local precisa ter 70% da sua vegetação original e pelo menos 1.500 espécies de plantas endêmicas. O número de hotspots aumentou de 25 para 34 neste período. Dos ecossistemas brasileiros, estão listados a Mata Atlântica e o Cerrado, que já estavam presentes na primeira edição do estudo.

Por Redação ((o))eco
3 de fevereiro de 2005
Fotografia
2 de fevereiro de 2005

O sapo que é rã

O bicho da fotografia tem o nome científico de Proceratophrys boiei, mas é popularmente conhecido como sapo-boi. É endêmico à Mata Atlântica e de...

2 de fevereiro de 2005
Notícias
1 de fevereiro de 2005

Audiência Suspensa

A audiência pública sobre a transposição do Rio São Francisco, realizada dia 31 de janeiro em Aracajú, foi suspensa pelo Ibama de Sergipe. Em nota divulgada pela instituição e lida às pessoas presentes à reunião, a Diretoria de Licenciamento e Gerencia Ambiental do estado afirmou que a suspensão se deu por causa "do acirramento dos ânimos e do clima de hostilidade publicamente estimulados”. O Ibama só decidirá se a audiência de Aracajú será remarcada e se as audiências interrompidas por protestos em Belo Horizonte e Salvador serão válidas após a ultima reunião, marcada para 3 de fevereiro, em Maceió.

Por Redação ((o))eco
1 de fevereiro de 2005
Análises
31 de janeiro de 2005

Resposta ao presidente da FEMERJ

De Pedro P. de Lima-e-SilvaEngenheiro AmbientalServico de Segurança Radiológica e AmbientalComissão Nacional de Energia NuclearSrs.A digressão sobre ética do Sr. Bernardo Collares Arantes (carta publicada abaixo), Presidente da FEMERJ, contradiz os fatos.Se a questão foi discutida tanto na lista da FEMERJ, como ele mesmo admite, não é estranho não ter havido nenhuma reação de repúdio ou de explicação de nenhum dos membros da FEMERJ, seu presidente Bernardo Collares Arantes à frente, às mensagens das pessoas que se propuseram a detonar o totem, a não ser uma resposta burocrática, como se para apenas se precaver contra futuras acusações? Se a FEMERJ, com seu presidente Bernardo Collares Arantes, tem tanta preocupação assim como sugere o eminente advogado, por que a diretoria da FEMERJ, incluindo o missivista, ouvindo as mensagens trocadas, não se revoltou de imediato, mostrando a lei, contra uma proposta evidentemente ilegal de detonar uma parte de uma montanha que é patrimônio nacional? Por que se calaram diante do caminho evidente que o processo estava tomando? Seria o silêncio conveniente? Por que não alertaram os autores e os cúmplices que poderiam ser processados pelo Ministério Público pelo que ameaçavam fazer?Da mesma forma que havia alpinistas falando da propalada possível queda das pedras, havia muitos outros falando que elas sempre estiveram sólidas. Sobre o laudo da GeoRio que agora pode ser que apareça, pois na época não foi divulgado apesar de pedidos insistentes na própria lista de discussão, um professor de geografia da PUC afirmou de forma muito simples que "todas as pedras um dia vão cair, a menos que se revogue a lei da gravidade". Então que se detonem também as encostas do Corcovado, e de quase todas as montanhas que escalamos. Se a GeoRio é chamada, o que dirá ela sobre pedras fisicamente separadas da rocha matriz? Que elas podem cair? Por que nenhuma universidade do Rio, como a UFRJ ou a PUC, onde se encontram especialistas vários sobre encostas e deslizamentos, não foram consultadas? Por que os órgãos responsáveis como o IPHAN e o CML não foram consultados pela FEMERJ? Por que os órgãos ambientais não foram contactados pela FEMERJ sobre o problema?Há mais um agravante: mesmo admitindo a improvável verdade de que havia risco iminente de queda das pedras, já que as pedras não se moviam mesmo com a aposição de peso considerável, havia tecnicamente inúmeras soluções para fixar as pedras no lugar com impactos ambientais desprezíveis. Uma consulta a eminências em estruturas sobre rochas no Brasil que labutam nesta cidade podem atestar sobre isso.Então os fatos contradizem toda a lenga-lenga sobre ética e moral. A ética e a moral são constantemente usadas pelas pessoas para deixar fazer as coisas que são exatamente contra a ética e a moral. Parece que mais pessoas leram O Príncipe, de Machiavel, do que supõe a venda nas livrarias. Assim como se usam os argumentos de lutar pela paz para fazer a guerra, ouve-se na lista da FEMERJ as mensagens de regozijo pelo crime ambiental cometido. Há várias mensagens, até de pessoas que ocuparam cargos públicos, justificando o crime pelo velho argumento de que se o governo não faz, então que façamos nós. No velho far-west também era assim, e parece que no Rio de Janeiro isso vem voltando à moda nos últimos anos. Há uma mensagem, em especial, falando que esperar por atitudes da GeoRio seria até um erro, porque a GeoRio, segundo o associado, só faz coisas "horrorosas" nas encostas da cidade. Mais bonito deve ser destruir um lance de pedras que está ali há pelo menos milhares de anos, não é não? Sendo o Sr. Bernardo Collares Arantes, presidente da FEMERJ, o que já se justificaria por si só como conhecedor da lei, mas ainda por cima tendo a profissão de advogado, deveria ele ter se calado emitindo apenas uma resposta burocrática diante das discussões sobre detonar um patrimônio?Uma última questão coloca em cheque essa alegação burocrática de ética e moral: segundo as mensagens da lista da FEMERJ, inclusive com confirmação e confissão de autoria, havia quatro pessoas que foram os perpetrantes de manobra covarde, que foram inclusive avistadas por um dos associados que subia logo depois deles. Dessas pelo menos quatro pessoas, estava uma senhora que fazia parte da FEMERJ então. As palavras nas mensagens do Sr. Tonico, réu confesso na lista, são contundentes: "matamos dois coelhos com uma cajadada só, acabamos com o risco de queda das pedras e reduzimos a quantidade de pessoas subindo o Costão."Sobre a afirmação de que houve "pouca diferença" entre o grau de dificuldade da via, um sofisma que não se sustenta: a quantidade de pessoas que com o apoio de um escalador podem vencer um lance de 1o grau é virtualmente infinita, porque qualquer pessoa com uma atividade física usual pode subir um lance de 1o grau, mesmo sem ajuda nenhuma. Já um lance de 2o sup ou 3o grau, e regrampeado para impedir o uso dos grampos como apoio para a subida, reduz esse número em várias ordens de grandeza. Se não fosse assim, muito provavelmente as pedras não teriam sido destruídas. Os argumentos do Sr. Bernardo Collares Arantes não batem com os fatos: veja-se a freqüência atual contra a freqüência anterior e constate-se o inevitável. Se não há, e eu não tenho certeza disso, uma prova cabal de que o objetivo escuso da derrubada das pedras era a elitização da via, então com certeza o resultado prático do ato ilícito foi essa redução!Mais: o Costão ser classificado como uma escalada é brincadeira: a via tem 600 metros de caminhada e [tinha] 12 metros de trepa-pedra de 1o grau, que qualquer pessoa minimamente saudável pode ultrapassar. Meu primeiro Costão foi há 39 anos atrás acompanhado de toda a minha turma de garotos de 11 anos de idade do colégio, e apenas dois guias, sem nenhum risco relevante. Mais tarde, já como montanhista de clube, eu e meus amigos levamos ao Costão desde crianças de 3 anos até senhores de 65 anos, o que hoje já se tornaria uma operação bem mais complicada e arriscada.A publicação subseqüente no jornal O Globo de uma reportagem com o Sr. Bernardo Collares Arantes, contradiz suas próprias palavras de que não há diferença praticamente de grau de dificuldade; ela é eloqüente por si mesma:"— Isso quer dizer que há mais riscos. Uma pessoa despreparada pode cair e se machucar ou eventualmente até morrer. Queremos alertar para esse fato porque não queremos acidentes. Agora, é necessário que as pessoas que não sabem escalar contratem um profissional ou uma empresa que faça o passeio dentro dos padrões de segurança, usando equipamentos — disse Bernardo Collares." [O Globo, 30/01/2004].O Sr. Bernardo Collares Arantes estava certíssimo. Logo depois de ele afirmar isso houve dois acidentes no Costão, via que estava há décadas sem acidentes. Pior, a declaração dele no jornal ainda suscita dúvidas mais pitorescas, para dizer o mínimo: poderiam ter sido derrubadas as pedras como reserva de mercado? E se não há provas de que o foram, certamente o resultado assim se deu, como aliás, afirmam as próprias palavras do Sr. Bernardo Collares Arantes, presidente da FEMERJ.À parte toda a discussão quase semi-inútil, não resta o silêncio: resta o fato de que algumas pessoas, associadas da lista da FEMERJ, montanhistas "de carteirinha", acompanhados de pessoas da FEMERJ ou muito próximas à diretoria da FEMERJ, perpetraram um crime partimonial e ambiental, usando de argumentos questionáveis, decidindo de foro pessoal pela destruição de um patrimônio público, debaixo dos olhos e ouvidos da FEMERJ, que se não tem culpa direta no ato ilícito, na melhor das hipóteses proporcionou o meio e um caldo cultural de ilicitude, e não produziu nenhuma reação sequer em busca das leis de defesa do patrimônio ou do ambiente. Saiu correndo para "regrampear a via", talvez porque a grampeação original ainda não aumentava o grau de dificuldade até o ponto alto o suficente para causar uma redução correspondentemente forte do fluxo de usuários. Com certeza vão dizer que a regrampeação é para dar mais segurança à via de escalada, segundo os padrões de ética do alpinismo. Incrível coincidência, a nova regrampeação aumenta o grau de dificuldade da via...Se a FEMERJ tem de fato tantas preocupações assim com a ética e a moral, então não poderia deixar de acionar reações legais para proteger o meio ambiente de crimes arbitrários de pessoas que se julgam donas de patrimônios públicos, em vez de ficar ameaçando aqueles que denunciam os crimes contra a Natureza. Está tudo de cabeça para baixo. Um crime foi cometido, eu e outros se indignaram, mas a FEMERJ está preocupada em nos calar, não com o crime! Estranho país esse.abs,

Por Redação ((o))eco
31 de janeiro de 2005
Notícias
28 de janeiro de 2005

Moto-serras em ação

Da caixa postal: Germano Woehl, do Instituto Rã-Bugio, avisa pelo e-mail que no município de Itaiópolis, em Santa Catarina, está sendo desmatada, com autorização da Fundação do Meio Ambiente do estado, uma grande área de araucárias e imbuias (fotos). O proprietário é um empresário local, Antenor Duffeck, dono de uma carvoaria.

Por Redação ((o))eco
28 de janeiro de 2005
Notícias
28 de janeiro de 2005

Audiências-Fantasma

Assim como em Belo Horizonte, a audiência pública sobre o projeto de transposição do Rio São Francisco em Salvador, no dia 27 de janeiro, foi aberta e fechada sem que a discussão tenha ocorrido. A reunião na Bahia foi ainda mais rápida. Bastaram 15 minutos para que os manifestantes conseguissem impedir o Ibama de apresentar suas propostas. O Comitê Nacional da Bacia Hidrográfica do São Francisco informa que vai usar a mesma estratégia nas duas audiências que ainda faltam, em Aracaju (31 de janeiro) e Maceió (2 de fevereiro). A Procuradoria e o setor de Licenciamento do Ibama vão esperar a conclusão da série de audiências para decidir se a consideram válida ou não.

Por Redação ((o))eco
28 de janeiro de 2005
Notícias
28 de janeiro de 2005

Correio

O governo do Pará recebeu carta consulta do governo federal sobre a criação de uma unidade de proteção integral, no caso um Parque Nacional, na Terra do Meio. Do ponto de vista burocrático, é a última etapa a ser cumprida para formalizar o decreto de criação.

Por Redação ((o))eco
28 de janeiro de 2005
Fotografia
28 de janeiro de 2005

A Garça-branca

A garça-branca (Egretta thula) já foi típica dos manguezais e lagoas do Rio de Janeiro. Mas, como os manguezais e lagoas estão deixando de ser...

28 de janeiro de 2005