Uma sementinha de nada
Por incrível que pareça, é difícil obter sementes nativas brasileiras para replantio. Enquanto o setor estiver fraco, todos os projetos de reflorestamento permanecerão em risco. →
Por incrível que pareça, é difícil obter sementes nativas brasileiras para replantio. Enquanto o setor estiver fraco, todos os projetos de reflorestamento permanecerão em risco. →
No final da tarde desta terça-feira, o Senado aprovou a medida provisória 327, que legaliza o algodão transgênico plantado de maneira ilegal, permite que lavouras cerquem unidades de conservação e reduz o quórum da CTNBio de 18 para 14 pessoas para liberação comercial de organismos geneticamente modificados. →
O Greenpeace organizou um protesto em Brasília contra flexibilização das regras para liberação de transgênicos e apelou para que a primeira-dama, Marisa Letícia, intercedesse. Ativistas entregaram a ela uma cesta com produtos à base de milho, que passa a se tornar o próximo alimento a receber variedades transgênicas. Lula tem 15 dias para sancionar ou não a medida. →
Encontros e congressos sobre mudanças climáticas começam a pipocar pelo Brasil. Em março, será a vez de São Paulo promover seu Encontro Nacional sobre Mudanças Climáticas e Defesa Civil, entre os dias 20 e 21. A intenção é analisar o agravamento das alterações no clima e traçar estratégias para uma atuação mais efetiva da Defesa Civil na região metropolitana da capital paulista. Os organizadores pretendem promover encontros semelhantes em outras grandes cidades brasileiras. →
A produção ilegal de carvão com vegetação nativa está na mira de promotores e do governo. Por isso mesmo, parece que o setor está querendo entrar na linha. Nesta quarta-feira, depois de diversas multas aplicadas pelo Ibama, as empresas siderúrgicas do pólo de Carajás anunciaram a criação de um fundo de reflorestamento. A associação das empresas de ferro gusa espera ter algo como 15 milhões de dólares ao ano para investir no plantio ao longo da ferrovia que liga Carajás (Pará) a Itaqui, no Maranhão. →
Para garantir que as empresas vão aderir ao reflorestamento, que é obrigatório por lei, a associação só vai pagar o subsídio do fundo quando for comprovado o plantio. As empresas poderão sacar 700 reais por cada tonelada exportada. Até agora, 11 das 15 siderúrgicas do pólo de Carajás juntaram-se ao fundo. →
O Ministério do Meio Ambiente e o Ministério Público de Minas Gerais vão promover um seminário, com participação do setor siderúrgico, para discutir a revitalização do Rio São Francisco. A bacia do Velho Chico tem como uma de suas principais ameaças a exploração de carvão do Cerrado e da Caatinga. O encontro ocorre nos dias 15 e 16 de março em Belo Horizonte, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, na Av. Álvares Cabral, 1690. →
Uma equipe internacional de cientistas divulgou relatório em que afirma que o debate sobre o aquecimento global acabou. A hora é de agir. O grupo alerta para a necessidade da comunidade internacional tomar medidas mais urgentes de cortes das emissões carbônicas. O documento, preparado pela Fundação das Nações Unidas e a sociedade científica Sigma Xi, traz recomendações para o enfrentamento das mudanças no clima. Segundo reportagem do Planet Ark, o texto complementa o relatório do IPCC divulgado no início do mês, que tinha somente previsões e constatações. Entre os conselhos estão o aumento da eficiência energética, a substituição cada vez mais rápida de combustíveis fósseis por biocombustíveis e a diminuição – e, eventualmente, reversão – das taxas de desmatamento. →
A Petrobrás e a empresa japonesa Mitsui anunciaram nesta terça-feira planos para exportação do etanol brasileiro, informa nota da Folha de São Paulo. Um acordo entre as duas empresas prevê estudos para a construção de dutos que levem o álcool produzido no Sudeste e Centro-Oeste do país ao terminal da Petrobrás em São Sebastião (SP). Daí, o combustível seguiria para o Japão. A intenção é criar uma infra-estrutura que permita o escoamento do produto para o mercado externo. →
Reportagem do jornal britânico The Guardian pega no pé da maior celebridade ambiental do momento, o político norte-americano Al Gore. Traz estampada a conta de luz do ativista – e ela é quatro vezes maior do que a média dos lares nos EUA. Seus gastos com luz e gás chegam a 30 mil dólares mensais. Na cerimônia do Oscar no último domingo, Gore repetiu que cada um pode fazer a sua parte para combater o aquecimento global. Já na segunda-feira à noite, um pequeno grupo de ativistas revelou as contas, acusando-o de hipocrisia. A assessoria de Gore diz que a eletricidade vem toda de usinas eólicas e solares da região e que o ex-vice-presidente neutraliza suas emissões pessoais através da compra de créditos de carbono. O jornal não parece muito convencido. Deu ao texto o título de “Uma verdade inconveniente”. →