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2 de janeiro de 2006

Ouro americano

Meses depois de publicar uma reportagem sobre exploração americana de ouro no Peru, o The New York Times publicou uma outra sobre o estrago provocado pelo mesmo tipo de exploração em Nevada, nos Estados Unidos. Trata-se do terceiro maior produtor de ouro do mundo, mas a um preço ambiental muito alto. O aqüífero da região está seriamente comprometido e o nível de mercúrio nos rios é altíssimo.

Por Redação ((o))eco
2 de janeiro de 2006
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2 de janeiro de 2006

Poeira solar

Os cientistas da Nasa estão nervosíssimos. Em poucos dias, chegará à Terra uma cápsula com poeira coletada da cauda de um cometa. O material foi recolhido há um ano por um módulo da Stardust Mission e pode conter um miligrama de pó produzido pela criação do sistema solar há 4,5 bilhões de anos. O problema é que tamanha preciosidade pode se perder nas areias do deserto de Utah caso o pára-quedas da cápsula não abra, como aconteceu em 2004, diz o inglês The Guardian.

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2 de janeiro de 2006
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2 de janeiro de 2006

Bonitinhos e fedorentos

Os leões marinhos de Galápagos são uma das maiores atrações turísticas do arquipélago, mas têm um pequeno defeito: defecam e urinam nas praias e praças públicas. O mau cheiro começou a irritar moradores e afugentar turistas. Para evitar prejuízos, a população criou um sistema de bombeamento de água que lava as calçadas diariamente. Há mutirões também nas praias, conta a BBC News.

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2 de janeiro de 2006
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2 de janeiro de 2006

Oliver Twist

De Pedro Campany FerrazConsultor AmbientalPrezado Professor Paulo de Bessa,Concordo plenamente com seu posicionamento quanto à nossa questão de crescimento econômico e falta de planejamento estrutural.Corroborando com sua visão da Londres do início do Século XIX, transcrevo o poema de Brecht:Refletindo sobre o infernoRefletindo, ouço dizer, sobre o inferno Meu irmão Shelley achou ser ele um lugar Mais ou menos semelhante a Londres. Eu Que não vivo em Londres, mas em Los Angeles Acho, refletindo sobre o inferno, que ele deve Assemelhar-se mais ainda a Los Angeles.Também no inferno Existem, não tenho dúvidas, esses jardins luxuriantes Com as flores grandes como árvores, que naturalmente fenecemSem demora, se não são molhadas com água muito cara. E mercados de frutas Com verdadeiros montes de frutos, no entanto Sem cheiro nem sabor. E intermináveis filas de carros Mais leves que suas próprias sombras, mais rápidos Que pensamentos tolos, autómoveis reluzentes, nos quaisGente rosada, vindo de lugar nenhum, vai a nenhum lugar. E casas construídas para pessoas felizes, portanto vazias Mesmo quando habitadas. Também as casas do inferno não são todas feias Mas a preocupacão de serem lançados na rua Consome os moradortes das mansões nao menos que Os moradores do barracos.Brecht, Bertolt. Antologia poética. Versão e prefácio de Edmundo Moniz.. 3a. ed... Rio de Janeiro : Elo Editora, 1982. 132 p. (Coleção Poesias selecionadas ; 1)Atenciosamente,Prezado PedroObrigado pelo comentário ao artigo. E principalmente pelo “complemento” com o poema de Brecht. Infelizmente, com as devidas atualizações, estamos vivendo um período atrasado em nosso País e parece que muita gente gosta de estar “living in the past”, como diria o Dickensoniano Ian Anderson, do Jethro Tull, ele próprio um típico personagem do autor inglês.Paulo.

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2 de janeiro de 2006
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2 de janeiro de 2006

Uma heroína diferente

De Rubens Nunes de AndradeJornalista e servidor do IbamaMuito feliz a idéia de Maria Tereza Jorge Pádua em homenagear a Creuza Ramiro. Creuzinha, que é como todos a chamam. Quantas e quantas pessoas têm exercido um papel preponderante, apesar de aparentemente secundário, em diversas funções e nunca têm seus méritos reconhecidos!É mais ou menos como a história de grandes artilheiros em campeonatos os mais diversos, é fatal que nos balanços finais cite-se que o artilheiro foi o fulano com tantos gols, mas não sejam citados os armadores que lhe passaram as bolas para o último toque! Creuzinha, apesar de aposentada desde 97, nunca deixou a cadeira de secretária da presidência. Assim que se aposentou foi recontratada, aliás o presidente da época deixou claro que só assinaria a aposentadoria se ela não se ausentasse nem por uma hora do serviço!Ainda hoje chega cedo e não tem hora para sair, chega sempre antes e sai sempre depois do Presidente. E, mesmo quando este está viajando, fica de plantão até 21, 22 hs. dependendo da ocasião e das necessidades do serviço. Lembro que os rataryanos, lá pela década de 60 tinham um dístico "dar de si antes de pensar em sí" e, creio sinceramente, devem ter se inspirado nela para adotá-lo!Todos a conhecem e ela os conhece a todos. Trata todos com dignidade, com sorrisos, é a rainha da simpatia e desde o faxineiro até o Presidente, todos tem por ela um enorme carinho, que é apenas uma retribuição do que ela demonstra por todos. Tem o incrível dom de deixar a vida particular do lado de fora da sala de trabalho e, seja lá qual for o problema que esteja passando, saúde, família, filhos, marido, finanças, está sempre com um sorriso no rosto e sempre tem uma palavra amiga.Tem o defeito de não saber dizer não, sendo comum por isso que, mesmo quando em viagem de férias, seu celular receba várias ligações por dia, das mais diversas autoridades, solicitando um número de celular confidencial (e ela tem todos, até o do Presidente da República) até o dia do vencimento de uma conta e ela atende sempre e com convicção, passando a cada um apenas a informação que o requerente tem direito de saber!Mas acho que a Maria Tereza, por escrever melhor que eu e por conhecê-la há muito mais tempo, já disse tudo! Por mais que eu tente não vou melhorar o que já foi dito.Parabéns às duas!

Por Redação ((o))eco
2 de janeiro de 2006
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2 de janeiro de 2006

Flerte fatal

De Vladmir M. CunhaSobre a seguinte citação que aparece no referido artigo: "segundo Paulo Adário, coordenador da Campanha Amazônia do Greenpeace, não hesitam em condicionar a prestação de serviços médicos à adesão a palavra de Deus".É uma acusação que com certeza o Paulo Adário não conseguiria manter em uma interpeleção judicial e, portanto não tem base verdadeira. Na campanha do Greenpeace na terra indígena Deni, (vide site do Greenpeace) chegou muita gente estrangeira do Greenpeace (poluindo o rio e tudo mais) e logo vi vários deni fumando (os índios deni não têm o costume de fumar); os Deni também me informaram e mostraram uma garrafa de bebida alcoólica lançada ao rio a partir do barco da mesma ong.No trabalho de "auto-demarcação" da terra indígena alguns Deni ficaram com raiva porque não receberam pagamento pelo trabalho, como eles esperavam. Além disso dois Deni, inclusive um pajé idoso, que foram junto com as ongs para essa "auto-demarcação" fugiram pelo mato escapando do barco da ong, até chegar em uma aldeia deni depois de duas noites no mato (o idoso anda com dificuldade); segundo os Deni eles se sentiram ameaçados e por isso fugiram.Sabendo desses fatos eu não daria crédito ao Paulo Adário.Com essas Ongs, chegou também na área Deni um antropólogo que, segundo os Deni, tentou estabelecer novos chefes em cada aldeia, em detrimento da liderança tradicional, causando muitos problemas políticos e sociais entre o povo: uma aldeia de 100 pessoas se subdividiu em três (Aldeia Viagem).Sobre os Sorowaha, digo o seguinte: são seres humanos?- Então por que lhes negar o supremo direito humano da vida e também da liberdade de escolha?Cianças indígenas também têm o mesmo direito das não indígenas.Feliz ano novo!

Por Redação ((o))eco
2 de janeiro de 2006