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Carnaval e o eterno lixo na avenida

Todo ano, chegam a toneladas o lixo gerado por escolas de samba, foliões e blocos. A sustentabilidade não chegou na festa mais popular do país.

Redação ((o))eco ·
18 de fevereiro de 2015 · 9 anos atrás

 

Carnavais passam e a cena se repete. Acima, registro da festa em 2013. Foto: Lázaro.
Carnavais passam e a cena se repete. Acima, registro da festa em 2013. Foto: Lázaro.

Rio de Janeiro — A maior festa popular do país não é a que mais acumula lixo nas ruas do Rio de Janeiro. Esse posto pertence ao réveillon. Mesmo assim,  a quantidade de lixo recolhido assusta. O carnaval pode ser tudo: alegre, festeiro, esbanjador, mas não conseguiu introduziu quase nenhum conceito de sustentabilidade.

No geral, são garrafas, latas, sacolas plásticas e fantasias abandonadas nas ruas e avenidas. Toneladas delas. As latinhas fazem a festa dos catadores, que reforçam o orçamento reciclando. O restante é (parcialmente) recolhido pelos garis da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), que montam uma operação para dar conta do recado.

Em 2015, ao todo, contando com os blocos, foram descartadas mais de 350 toneladas de lixo em 7 dias de folia.

Apenas durante o desfile das dezesseis agremiações do grupo de escolas de samba, a Comlurb retirou 26,9 toneladas de lixo no Sambódromo.

De acordo com o balanço publicado nesta quarta-feira de cinzas, desde a quarta passada, dia 12, até esta manhã, foram recolhidas 250,07 toneladas de lixo apenas no Sambódromo. Na Intendente Magalhães, na Zona Norte da cidade, onde desfilam as escolas das séries B, C e D, os garis recolheram 6,610 toneladas.

Foram 621 garis atuando em 3 turnos para garantir a limpeza do Sambódromo (setores, pista, concentração, dispersão, posto de saúde e Terreirão do Samba). Ainda de acordo com a nota, foram dispostos 1.100 contêineres para descarte dos resíduos pelos foliões na passarela; 140  no Terreirão do Samba, e 200 na Estrada Intendente Magalhães.

O esquema de limpeza não contou apenas com vassouras: caminhões compactadores, pulverizadores, caminhões-pipas e kombis lava-jato com água de reuso, além de varredeiras mecânicas ajudaram na limpeza da cidade. Ao todo, 235 equipes participaram da operação de carnaval.

Salvo raras exceções, como a reciclagem de fantasias e marchinhas conscientes, o carnaval ainda é sinônimo de poluição urbana.

 

 

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Comentários 1

  1. Rebeca diz:

    Em pleno século XXI e ainda temos um grande problema com o lixo desperdiçado em qualquer local..triste isso!!!