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Fogo no Parque Nacional de Brasília já consumiu 4,7 mil hectares

Tempo seco dificulta trabalho da brigada de incêndio que começou na terça. Mais de 10% da área total da unidade de conservação foi queimada

Daniele Bragança ·
1 de setembro de 2017 · 7 anos atrás
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Incêndio consome Parque Nacional de Brasília. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.
Incêndio consome Parque Nacional de Brasília. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.

Os ventos fortes e o tempo seco dificultam o trabalho dos brigadistas e voluntários que lutam desde terça-feira (29) para acabar com o incêndio que atingiu o Parque Nacional de Brasília, no Cerrado. O incêndio já queimou 4,7 mil ha, o equivalente a 11% da área total da unidade. Desde 2011, quando a unidade sofreu com um grande incêndio, que devastou 40% da sua área, o parque não sofria com queimadas.

O incêndio começou no domingo (27) em área fora do parque e só na terça-feira entrou na unidade de conservação. Na frente da batalha, mais de cem homens, entre servidores e brigadistas do ICMBio e do Ibama, bombeiros do DF e grupos de voluntários, participam das ações de combate ao incêndio. O tempo seco e o vento forte contribuem para espalhar as chamas.

Segundo o ICMBio, até o final da tarde desta quinta, o fogo persistia na região da Chapada Imperial, no extremo oeste do parque. O local é montanhoso, de difícil acesso, o que atrapalha ainda mais a aproximação por terra dos combatentes.

Combate

Além de homens em terra, o combate ao fogo está sendo feito com quatro aviões air tractor (que lançam água sobre a vegetação em chamas). Um helicóptero está fazendo o monitoramento. Serão usados ainda carros pipas e viaturas para transporte de tropas.

Brigadistas trabalham para conter incêndio florestal no Parque Nacional de Brasília. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.
Brigadistas trabalham para conter incêndio florestal no Parque Nacional de Brasília. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.

Segundo Christian Berlinck, coordenador Nacional de Prevenção a Incêndios Florestais do ICMBio, a tendência é que de que a linha de fogo, que avança no sentido sudoeste, seguisse a partir desta sexta para áreas fora do parque. Ele garantiu que o combate continuará até que as chamas sejam totalmente extintas.

Visitação

Apesar do incêndio, as piscinas de água corrente, muito usadas por visitantes e moradores de Brasília, principalmente nesse período de seca, seguem funcionando normalmente. A área em torno das piscinas não foi atingida pelas chamas, assim como a região da barragem de Santa Maria, que fica no interior do parque e é responsável pelo abastecimento d´água de 40% da população do DF.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.
Ainda é cedo para calcular as perdas na Flora e na Fauna. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.
Ainda é cedo para calcular as perdas na Flora e na Fauna. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.

 

 

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  • Daniele Bragança

    Repórter e editora do site ((o))eco, especializada na cobertura de legislação e política ambiental.

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Comentários 2

  1. Daniel diz:

    Que devastação, meu deus.