A Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) vai colocar sua equipe em campo e contabilizar a população de papagaios-de-cara-roxa dos Estados do Paraná e de São Paulo. O Censo, realizado desde 2003, começa hoje (24) e termina no próximo domingo (26). Dessa vez, o litoral sul de São Paulo será incluído na contagem.
A ação de monitoramento da população do ameaçado papagaio faz parte do projeto de conservação da espécie, que existe desde 1998. A iniciativa também faz parte do Plano Nacional para a Conservação dos Papagaios da Mata Atlântica, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Durante o Censo, os dormitórios coletivos dos papagaios serão visitados. Em São Paulo, são cerca de oito locais em Cananéia, Ilha Comprida e Ilha do Cardoso. No Paraná, são sete, distribuídos por regiões como Ilha Rasa, Ilha do Pinheiro, Cotinga, Guaratuba, Ararapira e Ilha do Mel.
A ação é financiada pelo Funbio (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade) e Loroparque, que apoia projetos de conservação de papagaios no mundo inteiro.
Os papagaios-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis) são endêmicos de uma estreita faixa que vai do litoral sul de São Paulo, atravessa a costa do Paraná e chega até o extremo norte do litoral de Santa Catarina.
A diminuição da cobertura de Mata Atlântica no litoral, além da captura para o comércio ilegal de animais silvestres, colocam a espécie ameaçada. Tanto na lista da IUCN quanto do ICMBio, a espécie é classificada como Vulnerável.
Leia também
Lagoa Misteriosa vira RPPN em Mato Grosso do Sul
ICMBio oficializou a criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural Lagoa Misteriosa, destino turístico em Jardim, Mato Grosso do Sul →
Museu da UFMT lança cartilha sobre aves em português e em xavante
A cartilha Aves do MuHna, do Museu de História Natural do Araguaia, retrata 10 aves de importância cultural para os xavante; lançamento foi em escola de Barra do Garças (MT) →
ICMBio abre consulta pública para criação de refúgio para sauim-de-coleira
Criação da unidade de conservação próxima a Manaus é considerada fundamental para assegurar o futuro da espécie, que vive apenas numa pequena porção do Amazonas →